sábado, 15 de maio de 2010

Formando na UFRGS fará discurso por vídeo

Foi confirmada essa sexta (14/05) a portaria absurda imposta pelo reitor de restringir a legítima manifestação de alegria dos formando em nossa faculdade.

Segue a pequena matéria feita pela ZH de sábado (15/05):


Oradores de turmas serão os únicos alunos a subir ao púlpito nas cerimônias

Acabou o tempo em que os formandos da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) podiam se estender em seus pronunciamentos no púlpito do Salão de Atos, chorando, cometendo gafes ou fazendo a plateia rir. Desde ontem, está instituído um conjunto de novas regras com a intenção de reduzir a duração das formaturas. A partir de agora, os formandos só poderão fazer discursos individuais em vídeos de 30 segundos.

A intenção é evitar que a plateia se entedie com o evento e valorizar o orador, de acordo com a coordenadora do Cerimonial do Gabinete do Reitor, Marcia Barcelos.

O corte nos procedimentos começa pelo fim do microfone para os formandos, passa pelo limite de 10 minutos para o orador e culmina nas homenagens à mesa, que passarão a ser feitas fora do evento. A intenção é reduzir à metade a demora na colação de grau. Marcia apresenta uma comparação. Uma formatura com cem alunos de Administração chegava a durar quatro horas. Com as mudanças, a intenção é de que a cerimônia dure no máximo duas horas e 15 minutos.

Parte dos alunos não gostou das medidas e vai até procurar revertê-las. Para o estudante de Jornalismo Rodolfo Mohr, 23 anos, integrante de um grupo que se organiza contra as mudanças, isso esfriará a solenidade.

– É engraçado, uns são tímidos, outros se emocionam, as famílias se levantam, tocam buzinas. É quando a formatura tem mais calor humano.

O grupo organizará uma série de manifestações para reivindicar a revisão nas regras. Uma das reclamações é que o custo da formatura aumentará porque deverá ser contratada uma produtora para gravar os vídeos. O estudante levanta também a possibilidade de haver a intenção de calar protestos mais exaltados de alunos contra a administração da UFRGS.

– A maioria gostaria de manter o seu direito de se expressar – declara.

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